Dia da Consciência Negra: Necessidade por mais representatividade no judiciário brasileiro

Um chamado à transformação mostra como devemos repensar políticas para incluir e empoderar

 

Hoje (20), é marcado o Dia da Consciência Negra, momento crucial para refletirmos sobre a representatividade no país, nos cargos de poder e também no âmbito da Justiça brasileira. Segundo o recente Diagnóstico Étnico-Racial do Poder Judiciário, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 83,8% dos magistrados ainda são identificados como brancos, enquanto apenas 1,7% se declaram pretos.

Essa discrepância revela um desafio significativo: a necessidade urgente de reafirmar e incentivar políticas públicas que assegurem a inclusão efetiva da população negra nos espaços de poder e destaque na sociedade. Não podemos aceitar que essa disparidade persista, relegando uma grande parte da população a posições periféricas.

Projetos educacionais e políticas de cotas no ensino superior, concursos públicos e demais esferas públicas seguem fundamentais. A representatividade nos órgãos decisórios não é apenas uma questão estatística, mas uma garantia de pluralidade de perspectivas, essencial para uma justiça verdadeiramente equitativa.

Além disso, é crucial destacar a situação das mulheres negras trabalhadoras, que frequentemente enfrentam desafios dobrados. Políticas que promovam igualdade de oportunidades para essa parcela da população são imprescindíveis para construirmos uma sociedade justa e inclusiva.

Neste Dia da Consciência Negra, reafirmamos nosso compromisso com a promoção da diversidade e igualdade no sistema judiciário brasileiro. É hora de agir, de construir um futuro em que todos se sintam representados, com uma justiça que seja um direito acessível a cada cidadão, independentemente de sua cor ou gênero.

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