INFLAÇÃO PARA O USO DE VEÍCULOS É QUASE O DOBRO DO ÍNDICE DE INFLAÇÃO AO CONSUMIDOR

Conforme a ANP, o Rio Grande do Sul possui uma das gasolinas mais caras do país. De acordo com um estudo do Ibre/FGV, a inflação do motorista brasileiro chegou a 18,46% no acumulado de 12 meses, até outubro. Em Bagé e Santa Maria, o litro da gasolina comum, conforme dados de janeiro, ultrapassou os R$ 7,40. Trata-se do preço mais caro segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ainda sem computar o último aumento nas refinarias, em 12/01. Entretanto, após o aumento dessa semana, os postos já estão vendendo o combustível em Bagé (Posto Sim) a R$ 7,599 na gasolina comum e R$ 7,799 na gasolina aditivada.

 

A inflação para o uso de veículos é quase o dobro do IPCA, e o combustível é o maior vilão. Os custos do motorista para comprar e manter um carro ficaram 18,46% mais altos em 12 meses, quase o dobro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, de 10,25% no mesmo período. Combustíveis, acessórios, peças, impostos e até pedágios são alguns dos responsáveis pela alta. De acordo com o estudo da Fundação Getúlio Vargas, os combustíveis foram os principais culpados por impulsionar a inflação neste segmento. A inflação para uso de veículos é a maior em 21 anos, desde 2000.

Nesse contexto, está a defasagem do valor do auxílio-condução dos Oficiais de Justiça, que é bem maior do que a inflação medida pelo IPCA. Com base nesses dados, a ABOJERIS requereu administrativamente ao TJ a atualização dos valores do auxílio-condução para 100 URCs, instruindo seus pedidos com planilhas de cálculos dos valores das despesas, variações das tabelas de preços dos combustíveis publicadas pela ANP – Agência Nacional do Petróleo.

O Ato Administrativo que será editado pelo Presidente do Tribunal de Justiça nos próximos dias, para estabelecer o ressarcimento dos gastos dos Oficiais de Justiça no desempenho de suas atividades, utilizando seus veículos próprios a serviço do Estado, necessitam levar em consideração esses dados e informações. Para esses trabalhadores suportarem os aumentos dos combustíveis e insumos necessários à manutenção dos seus veículos, é preciso ser estabelecido o mesmo índice utilizado para o reajustamento das custas judiciais, a URC.

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