Oficiais de Justiça: a linha de frente da justiça brasileira

A campanha da AFOJEBRA que ressalta a leva da justiça a 6,5 milhões de lares mensalmente

As entidades que representam os Oficiais de Justiça do Brasil realizaram uma campanha  marcante na capital do país para destacar a abrangência e a importância crucial dessa profissão. A Associação Federal dos Oficiais de Justiça do Brasil (AFOJEBRA), a Federação das Entidades Sindicais de Oficiais de Justiça do Brasil (FESOJUS) e a Associação Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (FENASSOJAF) se uniram em um esforço conjunto para sublinhar que “estamos presentes em 6,5 milhões de endereços por mês” e que a “linha de frente: a justiça está em todo lugar!”.

Este movimento foi mais do que uma demonstração de força, foi um alento coletivo em prol da justiça acessível a todos os brasileiros, independentemente de onde estejam. A missão é clara: garantir que a justiça alcance cada cidadão, seja nas grandes metrópoles ou nas áreas mais remotas. Os oficiais de justiça são os pilares que sustentam o sistema judicial, atuando como a ponte essencial entre as decisões dos tribunais e a sua implementação efetiva na sociedade.

A ABOJERIS, em especial, tem se destacado no Rio Grande do Sul como uma associação comprometida com o máximo desempenho da categoria. O empenho incansável em apoiar e capacitar os oficiais de justiça do estado tem sido fundamental para a eficiência do sistema judiciário gaúcho.

Não podemos deixar de ressaltar que esse esforço não é exclusivo do Rio Grande do Sul. Associações de oficiais de justiça de todos os estados brasileiros estão trabalhando arduamente para garantir que a justiça não seja uma promessa vazia, mas sim uma realidade tangível para todos os cidadãos.

CONTRADIÇÃO DO TJRS

Contudo, por trás dessa dedicação incansável, paira uma realidade que não pode ser ignorada. Há nove longos anos, os oficiais de justiça do Rio Grande do Sul enfrentam um congelamento salarial que tem afetado diretamente suas condições de trabalho e qualidade de vida. Além disso, o valor do auxílio-condução, determinado pela Lei do PCCS, deveria ter sido reajustado em janeiro de 2023, mas infelizmente, essa promessa ficou apenas no papel.

Essa situação contraditória ilustra um dilema persistente: uma categoria de excelência, que se doa ao máximo para garantir a justiça em cada canto do estado, não recebe o reconhecimento justo e as condições dignas que merece. É imperativo que se olhe para o lado humano dessa luta diária, e que se valorize o empenho desses profissionais que, mesmo diante de adversidades, seguem firmes na defesa da justiça para todos.

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