
TJRS promove evento sobre IA e garante que tecnologia não substituirá o ser humano
Imagem: Correio do Povo/Ricardo Giusti
Nesta quinta-feira (12), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) deu mais um passo em direção ao futuro ao lançar a plataforma de Inteligência Artificial (IA) GAIA e oito ferramentas de IA generativa para facilitar a rotina dos servidores do Judiciário gaúcho. O anúncio dessas plataformas ocorreu durante o evento de tecnologia “Conexão Gaia: Inovação em Inteligência Artificial e Entregas do Judiciário Gaúcho”, transmitido em duas partes pelo YouTube do TJRS.
Durante o lançamento, o presidente do TJRS, desembargador Alberto Delgado Neto, destacou que as novas tecnologias são ferramentas de apoio e não substituem o trabalho humano. “Jamais poderemos perder o humanismo do processo”, afirmou, ressaltando que as decisões continuarão sendo tomadas por magistrados, com segurança, ética e respeito aos dados envolvidos.
O presidente do Conselho de Comunicação Social e de Inovação e Tecnologia do TJRS, desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, reforçou essa posição, explicando que todas as soluções de IA serão supervisionadas por humanos e desenvolvidas com foco na preservação da capacidade de julgamento e empatia da Justiça. Ele também ressaltou que o uso das ferramentas será acompanhado por capacitação de magistrados e servidores, e que as soluções serão disponibilizadas de forma gradativa.
Entre as ferramentas lançadas estão o GAIA Assistente, que otimiza o acesso a informações processuais; o GAIA Minuta, que colabora na redação de decisões; o GAIA Explica aí, tchê, que traduz sentenças para uma linguagem simples. As soluções serão implementadas de forma progressiva e fazem parte da estratégia do TJRS de unir inovação tecnológica à responsabilidade social e jurídica. A lista completa das ferramentas pode ser conferida no site oficial do tribunal.
Para a Abojeris, essas são implementações que vêm para auxiliar todos os servidores, inclusive os Oficiais e Oficialas de Justiça. No entanto, a associação reforça que o controle humano é indispensável, a entidade concorda com o posicionamento dos desembargadores Alberto Delgado e Antonio Vinicius, destacando que o humanismo no processo judicial é essencial, uma visão que vai ao encontro dos debates realizados durante o 1º Encontro Estadual dos Oficiais de Justiça, promovido pela associação no ano passado.