
CNE visa implementar ensino de IA no currículo de Pedagogia e Licenciaturas
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O Conselho Nacional de Educação (CNE) visa entrar em consenso com seus membros para tornar obrigatória a implementação da Inteligência Artificial (IA) no currículo dos cursos de Pedagogia e Licenciaturas. O objetivo é qualificar os professores para que cheguem às salas de aula preparados para as oportunidades e desafios que essa tecnologia traz para o ambiente escolar. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defende que o debate não perca de vista o papel central do professor no processo educativo.
Atualmente, o principal ponto de convergência nas discussões do CNE é a obrigatoriedade do ensino de IA na formação inicial dos professores e a necessidade de acompanhamento do Ministério da Educação (MEC). A ideia é que as instituições tenham a liberdade de escolher se criarão uma nova disciplina específica para o tema ou se trabalharão de forma transversal no currículo.
Outros dois temas ainda em debate referem-se à obrigatoriedade da mediação humana quando alunos estiverem utilizando as ferramentas, e à exigência de que cada instituição de ensino superior construa um plano de implementação de Inteligência Artificial. Além disso, essas instituições deverão ser publicamente responsáveis pela forma de utilização dessa tecnologia, levando em consideração a privacidade e o uso ético da IA. É nesse segundo ponto, por exemplo, que as instituições devem apresentar regras para a utilização de Inteligência Artificial em trabalhos acadêmicos.
Essa regulamentação está em debate no CNE desde o mês de maio, e a previsão é de que seja votada na reunião de outubro. Simultaneamente, o MEC e o Congresso estão preparando regulamentações acerca deste tema. Com informações de O Globo e CUT.
Para a Abojeris, as preocupações sobre a implementação da Inteligência Artificial no ensino são prudentes, visto que será inevitável que essas tecnologias sejam inseridas no meio acadêmico. A associação reforça que a supervisão humana é indispensável, além de reafirmar que professores jamais podem ser substituídos por máquinas, uma vez que a IA não possui discernimento ético nem as capacidades essenciais para o processo de ensino.