
Cumprimento de mandado de busca e apreensão termina em troca de tiros e tentativa de fuga
Imagem: Freepik
Na última segunda-feira (29), uma Oficiala de Justiça presenciou uma troca de tiros e uma tentativa de fuga durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Mogi Mirim (SP). A servidora, associada da AOJESP, preferiu não se identificar. A ordem judicial era referente a um veículo Jaguar E-Pace e pela natureza da diligência e o risco potencial de resistência por parte do destinatário, a oficiala solicitou o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM).
Ao chegar no local em que o veículo estava estacionado, o homem presente informou que ninguém o retiraria dali e passou a ameaçar os agentes. “Eu me identifiquei e informei que buscava o dono do veículo Jaguar, porém, o indivíduo respondeu que não sabia quem era o proprietário e afirmou que ninguém levaria o carro. Ainda nos ameaçou dizendo que, caso fosse necessário, colocaria fogo no veículo e nas viaturas da polícia”, relatou a servidora.
Após as ameaças, outro homem chegou ao endereço desobedecendo às ordens de parada da GCM. Em seguida, entrou no Jaguar e o lançou na direção dos guardas e da oficiala. Para conter a ameaça e impedir a fuga, os agentes da GCM dispararam contra os pneus do utilitário. Fragmentos de um dos disparos atingiram o braço do condutor, que, mesmo ferido, conseguiu escapar. O motorista seguiu para Mogi Guaçu, mas o carro foi localizado minutos depois, abandonado em um condomínio. O suspeito então trocou de automóvel, assumindo a direção de um Ford Focus branco, contudo, logo foi abordado e encaminhado à Santa Casa para atendimento médico.
A oficiala relatou à AOJESP que não participou da perseguição, pois precisou se dirigir à Central de Polícia Judiciária de Mogi Mirim para registrar um boletim de ocorrência. Na delegacia, foi informada de que o Jaguar havia sido encontrado na cidade de Mogi Guaçu, para onde se dirigiu e acompanhou a liberação do bem após a realização da perícia. Com informações de AOJESP.
A Abojeris manifesta sua solidariedade à colega e reitera a importância da presença da força pública neste caso, destacando que sua atuação foi essencial para evitar um desfecho que poderia ter sido trágico. Para a associação, este é mais um episódio que evidencia a extrema vulnerabilidade e o constante risco de vida enfrentados pelos Oficiais e Oficialas de Justiça, que atuam diariamente na linha de frente do Judiciário. Os servidores lidam com situações de risco não apenas físico, mas também psicológico e material, como ficou evidente nesse caso. A entidade reforça a necessidade urgente de medidas que garantam a preservação da integridade física e mental da categoria.