Não há o que comemorar: dia da justiça é momento de reflexão e conscientização

Após 9 anos de congelamento salarial, perdas de mais de 63% e atrasos nos pagamentos, categoria não vê festa para o dia da justiça

Hoje (8) é o Dia da Justiça, mas para os Oficiais de Justiça do Rio Grande do Sul, não há o que comemorar. Após 9 anos de congelamento salarial, a categoria perdeu mais de 63% do poder de compra, devido à inflação. Em 2023, com muita luta, os trabalhadores ativos e aposentados obtiveram apenas 12% de reposição salarial parcelados em duas vezes de 6%.

Além disso, os Oficiais e Oficialas de Justiça ficaram um ano esperando pelo reajuste do auxílio-condução, valores indispensáveis não só para custear a manutenção e combustíveis, mas que também servem para indenizar pelo uso e desvalorização dos seus veículos particulares, que são utilizados a serviço do Estado. Esse reajuste deveria  ter sido pago em janeiro de 2023 e só será pago em janeiro de 2024, desconsiderando a inflação de 2022 (5,58%), sem retroatividade e qualquer tipo de correção.

Já os aposentados que haviam ficado de fora da GDI – Gratificação de Desenvolvimento Institucional -, e durante quase uma década de congelamento salarial ainda tiveram os  descontos aumentados nas reformas da previdência, administrativa e nas reformas do IPE Saúde, a situação é mais complicada. Aqueles que se aposentaram pela média proporcional de tempo de contribuição e pensionistas ficaram sem o reajuste dos 12% concedidos pelo TJRS.

 

MOBILIZAÇÃO PARA 2024

Diante desse cenário, a Associação dos Oficiais de Justiça d Rio Grande do Sul (ABOJERIS) chama a atenção para a necessidade de reflexão e conscientização da categoria. Hoje é um dia de lembrar que, apesar da importância para o funcionamento da Justiça, o TJRS trata seus servidores como coadjuvantes.

A ABOJERIS deseja muito sucesso e êxito para a Administração eleita e reitera a necessidade de uma gestão democrática, republicana e que aposte no diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras. Que valorize e proporcione espaços de participação e construção das alternativas possíveis com os servidores, sem que os gastos orçamentários na rubrica de pessoal tenham prioridade para alguns em detrimento de outros.

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