O que pensam os candidatos à presidência do TJRS: Eduardo Uhlein

Imagem: Carol Negreiro

Em entrevista, o desembargador Eduardo Uhlein, que concorre à presidência do Tribunal de Justiça do RS, analisa que o principal desafio será estabelecer uma administração que ouça todos. Com 38 anos de magistratura, Uhlein atuou em diversas comarcas e exerceu funções como Juiz-Corregedor e Juiz-Assessor da Presidência. Também presidiu a comissão responsável pelo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), foi Diretor de Assuntos Previdenciários da AJURIS, atuou na Secretaria de Previdência da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e presidiu a Comissão Nacional de Estudos para o Novo Estatuto da Magistratura.  

Há 14 anos, Eduardo Uhlein integra a 4ª Câmara Cível do TJRS. Na disputa pela presidência para o biênio 2026/2027, compõe uma chapa ao lado dos desembargadores Cláudio Luís Martinewski (1º Vice-Presidente), Rosane Bordasch (2ª Vice-Presidente), Ana Paula Dalbosco (3ª Vice-Presidente) e Ricardo Pippi Schmidt (Corregedor-Geral da Justiça) A eleição será realizada no dia 24 de novembro deste ano. 

Para Uhlein, o principal desafio é construir uma administração que ouça todos. Sua chapa acredita que um Judiciário mais forte só será alcançado com mais escuta e maior participação de todos. Durante a campanha, o candidato tem conversado com muitos colegas desembargadores, juízes e servidores, e vem percebendo um genuíno desejo de mudança. “Há um sentimento crescente entre magistrados e servidores de que a participação nas decisões institucionais tem sido limitada, e isso afeta diretamente o senso de pertencimento ao nosso Judiciário. Por isso, desde o início, tenho enfatizado que desejo promover uma gestão verdadeiramente participativa, transparente e inclusiva”, afirmou.

A proposta de gestão do desembargador está fundamentada em quatro pilares: Participação e Transparência, com a aprimoração dos canais de escuta e de comunicação; Valorização Real das Pessoas, assegurando a implementação dos direitos funcionais e remuneratórios reconhecidos pelo CNJ, além da implantação de uma política eficiente de formação contínua para magistrados e servidores, e a instituição de um GT permanente; Inovação com foco no resultado, incluindo propostas para o uso da tecnologia a serviço da jurisdição, com eficiência, segurança e responsabilidade; e Gestão de Dados com Eficiência, promovendo ações que possibilitem o acesso democrático e inteligente aos sistemas de informação e o uso da estatística para melhor planejamento e governança do Tribunal.

“Para que os servidores sejam escutados, primeiro, é necessário construir um diálogo responsável, leal e permanente. A instituição de um GT permanente para o constante aprimoramento do PCCS, com a participação dos servidores, certamente permitirá a reedição do debate democrático e participativo. Em segundo lugar, considero fundamental intensificar as oportunidades de diálogo direto com os servidores e suas entidades representativas em outras pautas, como remuneração, condições de trabalho, capacitação, saúde e bem-estar”, finalizou. Com informações de Associação dos Servidores da Justiça do RS. 

A Abojeris deseja sucesso ao desembargador Eduardo Uhlein na disputa pela presidência do Tribunal de Justiça do RS para o biênio 2026/2027. A associação reafirma seu respeito à escolha democrática e seu compromisso institucional com o fortalecimento do Judiciário e a valorização dos servidores.

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