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Papa estará no G7 para falar sobre ética no uso da inteligência artificial

O Papa Francisco fará história ao se tornar o primeiro pontífice a participar do Grupo dos 7 (G7). A notícia foi anunciada pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Jorge Mario Bergoglio estará presente no encontro para discutir questões éticas relacionadas à inteligência artificial e o impacto da tecnologia na humanidade. Além disso, ele utilizará a oportunidade para fazer um apelo pela paz em regiões de conflito pelo mundo, como Ucrânia e Gaza. “Ele dará um contributo decisivo para a definição de um quadro regulatório, ético e cultural”, afirmou Meloni.

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O Papa participará do encontro representando a Itália, e a união entre ele e o governo italiano surgiu da abordagem de um tema comum. Tanto o governo quanto o Vaticano estão preocupados com a questão da inteligência artificial. Enquanto o governo italiano está interessado na regulamentação e no impacto da tecnologia, o Vaticano vem estudando a “algorética”, que diz respeito à ética aplicada aos sistemas de algoritmos. Essa convergência de interesses reflete uma preocupação compartilhada com as ramificações éticas e humanitárias da tecnologia moderna.

Em entrevista dada para a revista italiana Stampa, Jorge Mario Bergoglio afirmou: “Qualquer novidade científica e tecnologia deve ter um caráter humano e permitir aos seres humanos permanecerem plenamente humanos. Quando se perde o caráter humano, se perde a humanidade. Na Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais escrevi: ‘Nesta época que corre o risco de ser rica em tecnologia e pobre em humanidade, a nossa reflexão só pode partir do coração humano’”. E concluiu.

“A Inteligência Artificial é um grande avanço que poderá resolver muitos problemas, mas potencialmente, caso gerida sem ética, também poderá causar muitos danos ao homem. O objetivo a definir é que a Inteligência Artificial esteja sempre em harmonia com a dignidade da pessoa. Se não houver essa harmonia, será um suicídio”.  

A Associação dos Oficiais de Justiça do Rio Grande do Sul (ABOJERIS) está atenta e estudando o desenvolvimento da inteligência artificial para garantir que os servidores estejam preparados para enfrentar qualquer avanço desumano que essa tecnologia possa gerar. É fundamental que os sistemas e algoritmos, criados por humanos, sigam padrões éticos e humanos para operar na sociedade e auxiliar os trabalhadores, em vez de serem apenas ferramentas de coleta de dados para grandes empresas de tecnologia. 

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