
Servidores do Judiciário Paulista mantêm greve e intensificam luta por valorização
Imagem: AOJESP
No dia 14 de maio, os servidores do Poder Judiciário paulista decretaram greve em razão da falta de compromisso da cúpula do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que, sem abrir negociação ou qualquer canal de diálogo com as entidades, ainda deve a reposição salarial de 25,24%. Esse percentual corresponde às perdas inflacionárias acumuladas desde o ano de 2012. Nesta quarta-feira (21), durante uma mobilização massiva, os participantes decidiram pela continuidade da greve em assembleia geral.
A manifestação contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o deputado estadual Carlos Giannazi, a deputada estadual Monica Seixas e a vereadora Luana Alves. Em seus discursos, os parlamentares manifestaram total apoio à greve, destacando a legitimidade das reivindicações dos servidores. O presidente da AOJESP, Cássio Ramalho do Prado, também participou do ato e enfatizou a relevância da mobilização, reconhecendo o esforço das entidades organizadoras e de todos os servidores engajados na luta.
A vice-presidente da AOJESP, Magali Marinho Pereira, por sua vez, ressaltou a importância da continuidade e da expansão nas adesões ao movimento grevista. Após a deliberação na praça, os participantes deram uma volta ao redor do Fórum João Mendes e continuaram o protesto em frente ao Palácio da Justiça. Lá, os servidores aprovaram, por unanimidade, a realização de uma nova assembleia presencial no próximo dia 28 de maio, às 13h, no mesmo local, na Praça João Mendes.
Durante o ato, uma comissão formada por dirigentes das entidades procurou os juízes assessores da presidência do TJSP para solicitar a antecipação da reunião da mesa de negociação, previamente agendada para o dia 28/05 às 16h, no formato virtual. A proposta foi de realizar o encontro no mesmo dia, às 11h, de forma presencial. Os juízes se comprometeram a responder à solicitação até a data de hoje (23/05). Com informações de AOJESP.
A Abojeris manifesta seu total apoio à greve dos colegas do Judiciário do Estado de São Paulo e reforça a importância da mobilização pela garantia dos direitos básicos dos trabalhadores e trabalhadoras, como a revisão salarial para manter o poder aquisitivo de todos e todas. A luta dos servidores paulistas é legítima e representa o anseio de milhares de trabalhadores por respeito, valorização e condições dignas de trabalho.