A GREVE CHEGA AO FIM, MAS A LUTA CONTINUA

A GREVE CHEGA AO FIM, MAS A LUTA CONTINUA

 

A diretoria da ABOJERIS esteve reunida com a presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, juntamente com o Comando de Greve e todas entidades associativas da categoria, nesta quinta-feira (16). 

 

Durante a reunião, com o presidente do Tribunal de Justiça do RS – Desembargador José Aquino Flôres de Camargo, o comando de greve recebeu a proposta do índice de reposição salarial de 8,13%, retroativo a julho de 2015, bem como abono do cartão ponto dos grevistas. os servidores do Poder Judiciário estadual decidiram, em assembleia realizada pelo Sindjus, colocar fim à greve deflagrada pela categoria. Para o presidente da ABOJERIS, Jaques Pereira, o movimento foi importante para o resgate da dignidade dos servidores e para a fomentação de novas lideranças junto as entidades sindical e associativas;   além disso fundamental uma projeção engajada para a continuidade das nossas lutas.

 

Os presentes concordaram que diante do quadro econômico em que se encontra o Estado do Rio Grande do Sul, a vitória dos servidores de hoje, capitaneada pelo Sindjus –  com apoio das entidades co-irmãs, mostrou que somente a união de todos e de todas as instâncias nos levará a conquistas significativos para todos servidores do judiciário.

 

 

 

UM BREVE BALANÇO DA GREVE

 

A ABOJERIS, enquanto entidade, esteve presente em todos os espaços deliberativos e de mobilização pertinentes, na medida de suas possibilidades de agenda, construindo e convocando diálogos com a categoria e com a administração do TJ-RS, para tratar de assuntos pertinentes à greve e aos Oficiais de Justiça. Neste sentido, é importante destacar que a associação noticiou desde o início –  e com muita transparência –  todos os movimentos de diálogo realizados mesmo antes da greve deflagrada. Jaques Pereira ressalta que as articulações datam de longos meses, aliás, as negociações referentes às despesas de condução, ao enfrentamento de diversos arbítrios da magistratura, ao Plano de Cargos e Salários, ao provimento de vagas, às distribuições de mandados do JIJ, à aposentadoria especial dos servidores e a diversas outras pautas que dizem respeito ao dia a dia dos Oficiais de Justiça vêm sendo tratadas desde o início de nossa gestão.

 

Com este espírito de reivindicação e de diálogo, a ABOJERIS, em conjunto com as mesmas entidades presentes na reunião de hoje, participou de reunião convocada pelo presidente do Tribunal de Justiça do RS no dia 12/06. "Naquela oportunidade, como de praxe,  a nossa entidade não se furtou de divulgar a tônica e o sentido das negociações iniciadas. Neste diapasão, divulgou matéria revelando que o índice não foi apresentado, mas que o presidente do TJ-RS foi muito receptivo e confirmou que faria o possível para ajudar", lembrou Jaques.

 

Para a diretoria, com relação a algumas críticas a uma suposta contrariedade da entidade com relação à possibilidade de greve, o que jamais foi corroborado, expressa ou tacitamente, pela entidade, os diretores avaliam que a deflagração de uma greve sem mobilização suficiente e com a possibilidade limitada de avanços imediatos poderia enfraquecer a categoria, como um todo, e o próprio instrumento da greve.

 

Segundo Jaques Pereira, assim que deflagrada a greve, a ABOJERIS tratou de envidar todos os esforços políticos, jurídicos e financeiros para atingir a mobilização necessária para a conquista de avanços que superassem as expectativas já sinalizadas pelo TJ-RS. "Cuidamos de estreitar os nossos laços com o Sindjus com o fim de fortalecer o movimento e antes mesmo de ser deflagrada a greve,  elaboramos uma cartilha para padronizar os procedimentos de todos os colegas Oficiais de Justiça que decidissem aderir ao movimento paradista. Colocamos o nosso departamento jurídico à disposição da categoria em plantão de 24h por dia para proteger os colegas de eventuais faltas funcionais, retaliações e para garantir o exercício do direito de greve dentro dos parâmetros legais. Comunicamos formalmente o Tribunal de Justiça do RS sobre os procedimentos adotados e exigimos fossem dadas as garantias necessárias para que todos os Magistrados do Estado tomassem ciência dos procedimentos, evitando-se abusos", ressaltou.

 

O presidente destacou ainda que denunciou à CGJ todas as práticas anti-sindicais que foram relatadas, seguiu e segue orientando incondicionalmente todos os associados que tiveram dúvidas ou que venham a sofrer qualquer consequência em razão da greve deflagrada. "A diretoria esteve presente em mobilizações de ruas – acompanhado do jurídico – distribuindo material elucidativo e orientações aos grevistas presentes  e em diálogos internos com o Sindjus e com a própria administração, exercitando nosso dever de defender o interesse dos associados em benefício de todo o oficialato. Coerentes com nossa posição, efetuamos doação financeira para compor o fundo de greve do sindicato e não poupamos esforços para tornar esta greve vitoriosa. Infelizmente, não conquistamos algumas demandas importantes que estavam no topo da reivindicações. No entanto, na reunião de hoje, a partir de uma reivindicação da ABOJERIS reforçada pelo Sindjus, o presidente do TJ-RS se comprometeu a suspender, de imediato, todas as revisões de portarias de despesas de condução, pelo prazo de trinta dias, dando prosseguimento às negociações em buscas de um denominador comum", informou Jaques Pereira.

 

Por fim, os integrantes da diretoria reforçaram que é extremamente importante manter os colegas motivados para a continuidade das lutas e negociações que não começaram em razão da greve e que, por óbvio, não devem esmorecer diante de seu término.

 

 

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