DISTORÇÕES E FALTA DE CRITÉRIOS MARCAM AS AVALIAÇÕES DE DESEMPENHO DO PCCS

Se encerraram na última sexta-feira (09), as avaliações dos trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário para as primeiras progressões e promoções no Plano de Carreira, Cargos e Salários – PCCS.

Infelizmente, imperou a falta de critérios claros, definidos e uniformes para os avaliadores, o que impossibilitará grande parte dos servidores e servidoras de alcançarem a pontuação necessária para poderem progredir.

Como a Administração do TJRS optou pelos critérios estritamente subjetivos, abandonando por completo qualquer critério técnico-objetivo para as avaliações, aconteceram situações absurdas. Em setores com poucos trabalhadores, o mesmo avaliador deu nota máxima para uns e mínima para outros, sem nenhuma motivação.

A subjetividade das avaliações acabam por refletir muito mais o perfil e a percepção pessoal do avaliador, do que propriamente o desempenho e a entrega profissional do avaliado.

Desta forma, corremos o risco de o Plano de Carreira perder por completo o seu objetivo de valorização e incentivo à qualificação profissional. Não houve nenhuma retribuição ao esforço daqueles trabalhadores e trabalhadoras que buscaram qualificação através de cursos de formação ou aperfeiçoamento.

Chamou a atenção a insensatez e falta de empatia dos avaliadores, que não levaram em conta o fato de a categoria estar há 08 anos com os salários congelados e os Oficiais de Justiça além disso, também amargam um congelamento no auxílio-condução de quase uma década.

Paradoxalmente, o subjetivismo falou mais alto do que a miséria salarial dos servidores do Judiciário mais eficiente e produtivo do país por 11 anos consecutivos, segundo avaliação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ.

É preciso que a Administração do TJRS tome alguma providência e faça valer o discurso de construção do PCCS, evitando que as intenções de valorização profissional e incentivo à qualificação para uma melhor prestação dos serviços à sociedade ,não sejam letras mortas, em mais uma lei que recém foi criada. Depois de 08 anos de congelamento salarial, nada mais justo afastar o subjetivismo imotivado e progredir e promover 100% dos trabalhadores e trabalhadoras. É o mínimo que se espera de uma Administração humanitária que é feita de pessoas para pessoas.

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