
Servidores do TJSP suspendem greve após avanço em negociações com o Tribunal
Imagem: Site AOJESP
Na manhã da última quarta-feira (28), foi realizada a primeira reunião da Mesa de Negociação entre representantes do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) e dirigentes das entidades sindicais dos servidores. O encontro, considerado histórico pelo desembargador Irineu Fava, marcou o início de um canal direto de diálogo entre as partes, com o compromisso de tratar reivindicações com transparência e respeito mútuo. Durante a reunião, os sindicatos denunciaram práticas anti-sindicais em fóruns do estado, como remoção de cartazes e retaliações aos grevistas.
Entre as propostas apresentadas pelo TJSP estão o reajuste de 10% no auxílio-saúde e aumentos nos percentuais do adicional de qualificação para servidores com formação superior, pós-graduação, mestrado e doutorado. Além disso, ficou acordado a apresentação do índice de recomposição de perdas salariais em 02 de julho, a ser aplicado no segundo semestre após a realização de estudos para conhecer o impacto orçamentário e financeiro. A proposta foi condicionada ao fim da greve, o que foi rejeitado pelas entidades sindicais, que defendem a continuidade das negociações sem imposições.
Apesar da resistência quanto à troca de propostas pelo encerramento imediato da paralisação, os sindicatos decidiram suspender temporariamente o movimento grevista até o próximo encontro com o TJSP. A suspensão foi anunciada durante uma Assembleia Geral na Praça João Mendes, e a nova rodada de negociação está marcada para o dia 02 de julho, com expectativa de novas definições salariais e benefícios. A assembleia geral da categoria também será realizada nesta data para avaliar os próximos passos. As entidades destacam que o movimento iniciado em 14 de maio foi essencial para abrir o canal de negociação, e que a luta pela recomposição integral das perdas salariais deve continuar nos próximos meses. Com informações de AOJESP.
A Abojeris se solidariza com os servidores do Judiciário de São Paulo e apoia a mobilização da categoria por direitos básicos, como a revisão salarial e condições dignas de trabalho. Para a associação, a greve é um instrumento legítimo e necessário diante da falta de avanços concretos. Tanto nas reivindicações dos colegas de São Paulo, quanto na revisão do PCCS dos servidores do judiciário gaúcho em andamento, a Abojeris segue acreditando que através de diálogo e negociações institucionais, será possível construir alternativas para vencermos os impasses.